Para ajudar as autoridades a melhorar a qualidade do ar no Cairo, cientistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, e da Universidade Americana do Cairo, no Egito, publicaram uma pesquisa na revista Toxics para prever como várias medidas afetarão as emissões.
Com a poluição do ar sendo um dos cinco principais fatores de risco para doenças e morte prematura no Egito e a causa de cerca de 10% das mortes prematuras, as descobertas podem salvar muitas vidas.
A Grande Cairo é a sexta maior cidade do mundo, segundo a ONU, com uma população de mais de 20 milhões. Suas estradas são utilizadas por 4 milhões de veículos, 60% dos quais com mais de dez anos. O estudo usa dados locais e estudos de caso internacionais para prever o impacto de várias medidas de controle de emissões de transporte, com o objetivo de propor maneiras de proteger a saúde da população local, melhorar a qualidade do ar e reduzir as emissões de carbono.
A equipe comparou os níveis de emissões de toxinas, poluentes e aquecimento global e analisou os níveis de congestionamento para projetar os níveis de emissão em 2030 se nenhuma ação de mitigação fosse adotada para enfrentar o problema da poluição do transporte. Eles compararam os resultados com cinco outros cenários, escolhidos com base nas agendas locais e nas melhores práticas internacionais, incluindo remoção de subsídios aos combustíveis, expansões de estradas, melhorias no transporte público, programas de inspeção e manutenção de veículos e melhorias nos combustíveis.
Em referência às condições específicas da Grande Cairo, uma melhor inspeção e manutenção dos veículos seria mais eficaz na redução de poluentes prejudiciais à saúde, com uma redução prevista de pelo menos 35% e possivelmente até 55% em comparação com fazer nada. Melhorar a infraestrutura de transporte público reduziria todos os tipos de emissões em quase um terço.
