Em 21 de agosto, o renomado think tank de energia com sede em Londres, Ember, lançou dados reveladores que apontam para um feito inédito no Brasil: o país gerou mais de 25% de sua eletricidade a partir de fontes eólicas e solares durante o mês de julho. Essa marca simboliza um passo significativo em direção à transição energética do país, demonstrando a crescente importância das energias renováveis em sua matriz energética.
Os números divulgados pela Ember enfatizam um marco notável na geração de eletricidade no Brasil. As fontes de energia eólica e solar em conjunto foram responsáveis por um recorde de 27% da eletricidade do país em julho, totalizando 14 terawatts-hora (TWh). Dentre esse valor, a energia eólica contribuiu com 19% (10 TWh), enquanto a energia solar representou 8% (4,1 TWh) da geração total. O desempenho impressionante das energias renováveis teve o efeito de reduzir os combustíveis fósseis a uma participação de apenas 8,9% (4,7 TWh) na matriz energética.
A tendência positiva das energias eólica e solar se estende ao longo do ano, com um aumento notável em sua geração. O aumento combinado da produção de energia eólica e solar, que atingiu 20 TWh, superou a demanda contínua, que cresceu 12 TWh.
A expansão das fontes renováveis no Brasil impactou diretamente na redução das emissões de carbono. A diminuição no uso de combustíveis fósseis chegou a 6,5 TWh durante o ano até o momento, levando a uma parcela de apenas 6,9% da eletricidade proveniente dessas fontes poluentes. Essa cifra é substancialmente menor do que os 8,9% registrados em 2022.
Apesar das conquistas das energias eólica e solar, a hidroeletricidade continua a ser a principal fonte de eletricidade no Brasil. Em 2023 até o momento, ela respondeu por 70% da geração total, enquanto em 2022, esse número era de 73%.