Recentemente, o país atingiu um marco crucial na produção de etanol de segunda geração, também conhecido como etanol de cereais. Essas usinas avançadas utilizam matérias-primas como cereais, palha, bagaço e outros resíduos vegetais, representando um passo à frente em relação às usinas de primeira geração.
De acordo com levantamento da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), divulgado em 3 de janeiro, o país agora conta com 22 usinas produtoras de etanol de cereais. A notável conquista foi alcançada com a entrada em operação de uma unidade da Neomille, em Maracaju (MS), controlada pela Cerradinho Bioenergia.
Nayara Figueiredo, do Globo Rural, destaca que, atualmente, o etanol de milho e cereais já representa mais de 20% da produção nacional de biocombustíveis. Das 22 usinas, dez são exclusivamente dedicadas à fabricação de etanol.
As Usinas de Etanol de Cereais operam por meio de um processo bem definido. Inicialmente, utilizam diversos cereais, como trigo, cevada, milho, ou resíduos agrícolas, como palha e bagaço, como matéria-prima. Em seguida, ocorre um pré-tratamento para quebrar estruturas celulares, facilitando a liberação dos açúcares.
Os açúcares complexos passam por hidrólise, convertendo-se em açúcares simples, principalmente glicose. Posteriormente, leveduras fermentam esses açúcares simples para produzir etanol, seguindo o mesmo processo das usinas de primeira geração. A etapa de destilação separa o etanol puro do líquido resultante da fermentação, seguida pela desidratação para remover vestígios de água, resultando em etanol anidro. O etanol anidro passa por condicionamento e purificação para atender aos padrões de qualidade.
Essas 22 usinas desempenham um papel vital na transição para fontes de energia mais sustentáveis e na diversificação das fontes de matéria-prima para a produção de biocombustíveis.