A China aprovou a construção de 114 gigawatts (GW) de novas usinas a carvão em 2023, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Essa decisão, que equivale à capacidade de energia de todo o Brasil, coloca em risco as metas climáticas do país, que prometia reduzir as emissões de carbono e investir em energia limpa.
A aprovação de novas usinas a carvão é um passo atrás na luta contra o aquecimento global. O carvão é um dos combustíveis fósseis mais poluentes e contribui significativamente para as mudanças climáticas. A queima de carvão libera gases de efeito estufa na atmosfera, que retêm o calor e causam o aumento da temperatura global.
A China é o maior poluidor de carbono do mundo, com emissões de 11,4 bilhões de toneladas em 2023. Isso representa mais de 27% das emissões globais de carbono. O país precisa tomar medidas urgentes para reduzir suas emissões e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
O governo chinês se comprometeu a atingir o pico de emissões de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. No entanto, a construção de novas usinas a carvão pode dificultar o cumprimento dessas metas. Especialistas alertam que a China precisa “controlar rigorosamente” a nova capacidade de geração a carvão e investir em energia renovável.
A China já tem capacidade de energia suficiente para atender à demanda, mas sua rede elétrica ineficiente não consegue fornecer eletricidade onde é necessária. Isso incentiva a construção de mais usinas, mas pode levar a problemas financeiros para os operadores de usinas a carvão e atrasar a transição energética.
Para alcançar suas metas climáticas, o país deve encontrar um equilíbrio entre garantir a segurança energética e reduzir as emissões de carbono, além de precisar investir em energia limpa, como energia solar e eólica, e modernizar sua rede elétrica para tornar o sistema mais eficiente.
