A vida moderna depende do plástico. Ele está presente em embalagens, equipamentos médicos, peças de automóveis e muito mais. Mas o lixo plástico se torna um problema quando se degrada em aterros sanitários e polui os oceanos.
Pensando nisso, pesquisadores da FAMU-FSU College of Engineering desenvolveram uma alternativa promissora ao plástico tradicional. O novo material é feito de dióxido de carbono (CO2) e lignina, um subproduto da fabricação de papel e produção de biocombustíveis.
As vantagens do novo material falam por si mesmas. Ao contrário do plástico convencional, que leva centenas ou milhares de anos para se decompor, o novo material se degrada completamente ao final de sua vida útil, sem deixar microplásticos ou substâncias tóxicas no meio ambiente.
A produção do novo material utiliza duas matérias-primas renováveis e abundantes: CO2, um gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento global, e lignina, um subproduto da fabricação de papel e produção de biocombustíveis, descartado como resíduo. Isso contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a valorização de resíduos, promovendo a sustentabilidade do processo produtivo.
O processo de síntese do novo material é otimizado para ser realizado em temperaturas e pressões mais baixas, o que reduz significativamente os custos de produção em comparação com os plásticos tradicionais. Essa vantagem torna o novo material mais acessível e competitivo no mercado, abrindo caminho para sua ampla utilização.
Diferentemente do plástico convencional que perde suas propriedades após sucessivas reciclagens, o novo material pode ser reciclado sem perder suas propriedades originais. Essa característica permite a criação de uma economia circular, onde o material é reutilizado diversas vezes, reduzindo a necessidade de extração de novas matérias-primas e minimizando o impacto ambiental.