As negociações internacionais sobre um tratado global para lidar com a crescente poluição plástica estão em destaque, com debates acalorados sobre a necessidade de limitar a produção de plástico. O evento, que aconteceu na capital canadense de Ottawa ao longo de uma semana, culminou com países concordando em continuar suas discussões em reuniões ad hoc antes da cúpula final em Busan, Coreia do Sul, marcada para 25 de novembro.
Os participantes concordaram em buscar financiamento para auxiliar países em desenvolvimento na implementação do tratado e em identificar produtos químicos plásticos perigosos, bem como produtos plásticos de uso único. No entanto, não conseguiram estabelecer um processo formal para avaliar a produção de plástico virgem ou determinar o que seria considerado insustentável.
Este tratado esperado em Busan poderia ser o mais significativo desde o Acordo de Paris de 2015, abordando não apenas a poluição plástica, mas também questões ambientais e de emissões de gases do efeito estufa.
Mais de 50 países apoiaram a proposta de Ruanda e Peru para avaliar um nível sustentável de produção de plástico, reconhecendo que os níveis atuais já ultrapassam as capacidades de reciclagem e gestão de resíduos.
No entanto, alguns países produtores de petroquímicos, como Arábia Saudita e China, e grupos industriais presentes em Ottawa, se opuseram a limitar a produção de plástico, sugerindo que as discussões deveriam se concentrar em gestão de resíduos e design de produtos.
Grupos ambientais alertaram que muitos compromissos políticos poderiam diluir a eficácia do tratado final, destacando a importância de abordar questões como produtos químicos plásticos prejudiciais.
Estas negociações internacionais são cruciais para enfrentar os desafios cada vez mais urgentes da poluição plástica e do impacto ambiental global.
