Cientistas da Universidade de Sydney alcançaram um marco ao desenvolverem um método pioneiro para produzir combustível de aviação sustentável a partir de gás metano emitido por aterros sanitários. Esse processo promete transformar a indústria da aviação, potencialmente reduzindo drasticamente as emissões de carbono.
O metano, um gás de efeito estufa extremamente potente, é atualmente duas vezes e meia mais concentrado na atmosfera do que nos níveis pré-industriais. Com as emissões provenientes de resíduos e da queima de combustíveis fósseis, o desafio de enfrentar as mudanças climáticas torna-se ainda mais urgente.
Publicado no renomado Journal of the American Chemical Society, o estudo liderado pelo Professor PJ Cullen da Universidade de Sydney destaca a importância de abordagens inovadoras para combater as emissões de gases de efeito estufa. A Austrália recentemente se juntou a um acordo internacional de mitigação do metano, refletindo a crescente conscientização sobre a urgência da questão climática.
Os aterros sanitários são fontes significativas de emissões de gases de efeito estufa, principalmente de uma mistura de CO2 e metano. Tradicionalmente, esses gases são capturados e queimados para gerar eletricidade, mas o novo processo desenvolvido pela equipe da Universidade de Sydney oferece uma abordagem mais sustentável e lucrativa. Com emissões globais de aterros sanitários estimadas entre 10 e 20 milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano, o potencial de mitigação é significativo.
O processo inovador aproveita o poder do plasma, uma tecnologia elétrica que excita o gás a baixas temperaturas e pressão atmosférica. Isso permite a conversão eficiente do metano em combustível de aviação sustentável, com o benefício adicional de requerer menos energia, tornando-o altamente compatível com fontes de energia renovável.
