Nos últimos anos, o cultivo em estufas tem se expandido globalmente, transformando o mercado de frutas e vegetais ao permitir produção contínua durante todo o ano. Um novo estudo da Universidade de Copenhague revela que esta prática está crescendo exponencialmente, especialmente em países de baixa e média renda no Sul Global.
O estudo mapeou mais de 1,3 milhão de hectares de infraestrutura de estufas em 119 países, mostrando que áreas cobertas por estufas, seja com plástico ou vidro, estão agora 2,7 vezes mais presentes no Sul Global do que no Norte. Países como China, Espanha e Itália lideram a expansão, respondendo por grandes parcelas dessa área.
Embora as estufas ofereçam vantagens significativas, como rendimentos mais estáveis e eficiência no uso de recursos como água e fertilizantes, também apresentam desafios ambientais e sociais. O estudo destaca preocupações com a sobreexploração de recursos hídricos, alta demanda energética, contaminação do solo e poluição por plásticos.
Especialistas enfatizam a necessidade urgente de regulamentar o setor em países de baixa e média renda, onde atualmente há falta de normas claras. A pesquisa sugere que políticas adequadas podem garantir um desenvolvimento sustentável, melhorando a segurança alimentar local e reduzindo a pobreza rural.
O estudo não apenas mapeia a extensão global das estufas, mas também lança luz sobre os impactos e potenciais benefícios dessa prática agrícola. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor como esse tipo de cultivo pode moldar o futuro da agricultura globalmente.