Organizações globais e sauditas destacaram o papel crucial das mulheres no combate à seca e no fortalecimento das economias locais, alinhando-se ao Dia Internacional da Mulher Rural. Um relatório da ONU enfatiza a resiliência e liderança das mulheres frente às secas, servindo como base para discussões na COP16 em dezembro na Arábia Saudita. O documento pede apoio a iniciativas lideradas por mulheres e a garantia de seus direitos de propriedade para promover a segurança alimentar.
Majid Al-Buraikan, do programa Reef Saudi, destacou a importância das mulheres rurais como um recurso valioso e discutiu iniciativas para aumentar suas oportunidades de emprego e habilidades. Desde 2020, o programa ajudou 57.719 mulheres a se tornarem elegíveis para apoio em vários setores, como café e mel, promovendo a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e a sustentabilidade econômica.
Ibrahim Thiaw, da UNCCD, observou que, embora as mulheres sejam frequentemente as mais vulneráveis durante as secas, elas também demonstram notável resiliência. Ele enfatizou que combater a desigualdade de gênero é uma oportunidade de liberar potencial não explorado no enfrentamento das mudanças climáticas, já que as mulheres enfrentam desproporcionalmente os efeitos adversos da seca.
O relatório destaca que as mulheres produzem até 80% dos alimentos em países em desenvolvimento, mas detêm menos de 20% das terras, o que limita seu acesso a recursos essenciais. Além disso, as secas representam uma parcela significativa das perdas econômicas e afetam gravemente a força de trabalho agrícola feminina.
Pesquisas mostram que a segurança na propriedade da terra melhora a nutrição familiar e a educação infantil. Exemplos práticos ilustram os esforços significativos das mulheres para construir resiliência contra a seca.