Um grupo de pesquisa liderado por James Tour, da Universidade Rice, no Texas, desenvolveu um método inovador para reciclar metais valiosos de resíduos eletrônicos de forma mais eficiente, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental geralmente associado à reciclagem de metais. Este novo processo promete diminuir a necessidade de mineração, mitigando os danos ambientais, como o desmatamento e a poluição da água.
A técnica aprimora a recuperação de metais críticos, baseando-se no aquecimento Joule flash (FJH). Este método envolve a passagem de corrente elétrica para aquecer rapidamente materiais a temperaturas extremamente altas, permitindo a transformação desses materiais em substâncias diferentes. A equipe aplicou processos de cloração para extrair metais como gálio, índio e tântalo de resíduos eletrônicos.
Em comparação com métodos tradicionais, como hidrometalurgia e pirometalurgia, que são intensivos em energia e produzem resíduos nocivos, o novo método de reciclagem oferece controle preciso da temperatura e separação rápida de metais, sem o uso de água ou ácidos. Isso resulta em uma redução significativa do impacto ambiental.
Os cientistas conseguiram separar efetivamente o tântalo de capacitores e o gálio de LEDs descartados, alcançando uma pureza metálica superior a 95% e um rendimento acima de 85%. O método também demonstra potencial para a extração de lítio e elementos de terras raras, contribuindo para a solução de problemas de escassez de metais críticos.
Com o apoio de várias agências e instituições, a pesquisa não apenas avança a reciclagem sustentável, mas também oferece incentivos econômicos para a indústria de reciclagem em uma escala global, promovendo um processo mais eficiente e ambientalmente amigável.