Um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, revelou que o consórcio agrícola, cultivando grãos e leguminosas perenes juntos, traz benefícios para a produtividade e a sustentabilidade das lavouras. Usando dois métodos de semeadura em diferentes regiões climáticas locais, os pesquisadores mostraram que a produção de forragem foi consistente e confiável. A forragem, composta por caules e folhas deixados após a colheita, é uma importante fonte de fibra para ruminantes, como o gado.
Os pesquisadores plantaram dois tipos de grãos perenes (centeio e grama-de-trigo) e três leguminosas (alfafa, trevo-branco e esparceta) em seis locais de Alberta, usando métodos de fileiras alternadas e na mesma fileira. Os resultados do primeiro ano, em 2023, mostraram que ambos os métodos foram eficazes, com um leve aumento de 5,3% na produção ao usar fileiras alternadas. Além disso, a qualidade nutricional da forragem foi elevada, com boas concentrações de proteína bruta e nutrientes digestíveis.
O consórcio agrícola combina as vantagens das plantas perenes e leguminosas. Enquanto as leguminosas enriquecem o solo com nitrogênio e melhoram a matéria orgânica, os grãos perenes têm raízes profundas que ajudam a sequestrar carbono e resistem melhor à seca. Essa abordagem promete reduzir a dependência de fertilizantes químicos e diminuir custos para os agricultores.
Os resultados também indicaram que a inclusão de leguminosas na forragem aumenta o teor de proteína, tornando-a mais nutritiva e palatável para o gado. Isso permite aos agricultores atender às necessidades alimentares de bovinos em diferentes estágios de desenvolvimento, tanto para corte quanto para produção de leite.
No longo prazo, o projeto avalia o impacto do consórcio na saúde do solo, sequestro de carbono e fixação de nitrogênio, destacando seus benefícios econômicos e ambientais.