As startups Amazon Biofert, Engenho Café de Açaí e Mazodan, do Amapá, estão concorrendo ao prêmio internacional Earthshot Prize, criado pelo príncipe William para reconhecer iniciativas que preservam o meio ambiente. A premiação conta com 15 finalistas, dos quais cinco receberão incentivos financeiros superiores a R$ 7 milhões. A cerimônia de premiação ocorrerá no Rio de Janeiro, e há expectativa de que o príncipe venha ao Brasil para o evento.

A Amazon Biofert utiliza caroços de açaí descartados para produzir biochar, um fertilizante sustentável que reduz a emissão de carbono e melhora a qualidade do solo. A empresa trabalha em parceria com batedores de açaí e agroindústrias, promovendo uma economia circular. Com esse modelo inovador, a startup se tornou pioneira na geração de créditos de carbono na região.

A Engenho Café de Açaí surgiu da ideia de reaproveitar caroços de açaí para criar um novo tipo de café. Fundada pelo casal Lázaro e Valda Gonçalves, a empresa já reutilizou mais de 200 toneladas de resíduos de açaí, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. O café resultante desse processo mantém o sabor característico do fruto amazônico e está alinhado com oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A Mazodan, criada por Michael Carvalho, desenvolve soluções sustentáveis para a construção civil ao utilizar sedimentos retirados do rio Amazonas na produção de materiais alternativos ao cimento. Esse método reduz os custos da construção e a emissão de CO₂, contribuindo para um setor mais sustentável. A startup já foi reconhecida nacionalmente na Expo Favela Innovation Brasil.
O Earthshot Prize é uma das principais premiações ambientais do mundo, baseado em cinco categorias alinhadas aos ODS da ONU: restauração da natureza, limpeza do ar, revitalização dos oceanos, vida sem resíduos e ação climática.