A designer Batoul Al-Rashdan, da Jordânia, cria roupas e acessórios a partir de materiais biodegradáveis, como cascas de cebola e azeitonas trituradas. Suas peças, que se decompõem ao longo do tempo, têm ganhado destaque em desfiles internacionais e chamam atenção pela proposta inovadora de reduzir os impactos ambientais causados pela indústria da moda. Al-Rashdan acredita que suas criações não precisam durar para sempre, cumprindo seu papel de promover uma moda mais sustentável e consciente.

Essa tendência de designers preocupados com a sustentabilidade tem crescido globalmente. A produção de roupas dobrou desde 2000, resultando em poluição e sobrecarga de aterros sanitários. Muitos jovens designers, como Al-Rashdan, estão usando materiais naturais e técnicas inovadoras para mudar a maneira como as roupas são feitas, com o objetivo de reduzir os danos ambientais causados pela moda rápida e os têxteis sintéticos que dominam o mercado.

O PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) tem apoiado iniciativas para reduzir os impactos da moda. Através da Academia de Moda Sustentável do Oeste da Ásia, o PNUMA tem treinado designers e pequenas empresas, mostrando como usar materiais sustentáveis e técnicas de baixo impacto, como a extração de pigmentos de plantas. A educação e a mentoria para esses novos designers são vistas como passos importantes para transformar a indústria da moda em um setor mais ecológico e responsável.
Entre os designers que estão fazendo mudanças, Hazem Kais, do Líbano, adota práticas como a utilização de corantes naturais e a criação de roupas personalizadas e duráveis. Kais se distanciou do uso de corantes químicos e está buscando formas de fazer sua produção de roupas mais sustentável, criando peças que respeitam os recursos naturais.