O impacto ambiental da dermatologia é uma questão crescente, e especialistas defendem a necessidade de ações sustentáveis na prática médica. A área da saúde contribui significativamente para as emissões globais de CO₂, e a dermatologia, em particular, utiliza muitos produtos e procedimentos que podem prejudicar o meio ambiente. Isso inclui desde o uso de embalagens plásticas até ingredientes que não se degradam facilmente e contaminam o solo e a água.

Os impactos vão além das emissões de carbono. Produtos químicos conhecidos como “forever chemicals” e microplásticos, frequentemente presentes em cosméticos e tratamentos tópicos, podem causar danos na pele e no meio ambiente, prejudicando até mesmo a saúde dos pacientes. Dermatologistas estão começando a reconhecer esses riscos e sugerem reduzir o uso de plásticos descartáveis e optar por fórmulas mais amigáveis ao ecossistema.
Algumas entidades dermatológicas ao redor do mundo já estão se mobilizando. Grupos como a American Academy of Dermatology e a Sociedade Internacional de Dermatologia têm criado comissões e iniciativas para promover a conscientização e a formação profissional em práticas sustentáveis. Esses grupos lutam para adaptar a dermatologia a um cenário mais “verde”.

Tanto a adaptação quanto a mitigação às mudanças climáticas são urgentes na dermatologia. Isso pode incluir comunicação direcionada para pacientes com condições crônicas, bem como ajustar práticas que reduzam o desperdício. A mensagem dos especialistas é clara: os dermatologistas precisam se envolver na discussão, aprender sobre sustentabilidade e exigir políticas que incentivem a proteção ambiental e cuidam dos pacientes.
É um esforço coletivo e interdisciplinar que vai além da clínica. Dermatologistas devem permanecer informados e educar seus pacientes sobre ações ambientalmente responsáveis.