Essa região do interior da Itália conhecida por suas colinas verdejantes, vinhedos centenários e vilarejos medievais tem se tornado um exemplo de equilíbrio entre tradição agrícola e práticas sustentáveis. Longe dos centros urbanos mais movimentados, comunidades locais vêm adotando iniciativas que preservam o meio ambiente ao mesmo tempo em que fortalecem a economia local.


Uma das principais ações desenvolvidas é o incentivo à agricultura orgânica e biodinâmica. Pequenos produtores abandonaram o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos em favor de técnicas que respeitam o ciclo natural da terra, como o uso de compostagem, rotação de culturas e o aproveitamento de recursos locais. Vinícolas da região têm se destacado mundialmente por adotarem métodos de cultivo sustentáveis, reduzindo o uso de água, promovendo a biodiversidade e evitando o desperdício.

Além da produção agrícola, a região tem investido em práticas sustentáveis de turismo, por meio do chamado “agriturismo”. Nessa modalidade, fazendas e propriedades rurais recebem visitantes interessados em experiências autênticas e ecológicas, como colheitas, aulas de culinária local e trilhas guiadas. Essa abordagem não só gera renda para os moradores como também sensibiliza os visitantes sobre a importância da conservação ambiental e da valorização do modo de vida rural.


O uso de energias renováveis também vem ganhando espaço na região. Muitas propriedades estão instalando painéis solares, sistemas de aquecimento por biomassa e tecnologias para reaproveitamento da água da chuva. Há ainda esforços coletivos para a restauração de florestas locais e proteção de nascentes, com o apoio de cooperativas agrícolas e ONGs ambientais que atuam diretamente com a população.