Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Delaware e da Universidade Columbia aponta que políticas de restrição ao uso de sacolas plásticas (como proibições e taxas) podem reduzir em pelo menos 25% o número dessas sacolas encontradas em áreas costeiras. A análise baseou-se em dados da Ocean Conservancy, coletados durante eventos anuais de limpeza de praias que ocorrem globalmente com a ajuda de voluntários.

O levantamento comparou regiões com e sem políticas de controle de sacolas plásticas e identificou uma redução de 25% a 47% na proporção de sacolas em relação ao total de itens coletados. Além disso, as áreas com restrições apresentaram uma queda de 30% a 37% na ocorrência de animais presos em resíduos plásticos, o que demonstra também impacto positivo na vida selvagem.
A pesquisa revelou que não só a presença de políticas faz diferença, mas que o tipo de política adotada influencia os resultados. As taxas cobradas pelo uso de sacolas, por exemplo, parecem ser mais eficazes do que as proibições diretas, embora os motivos por trás disso ainda precisem ser melhor investigados pelos cientistas.
Outro fator determinante para a eficácia dessas medidas é a gravidade do problema em cada local. As regiões que já enfrentavam um alto volume de poluição por sacolas plásticas foram as que apresentaram os maiores ganhos com a implementação das políticas.

Embora os Estados Unidos ainda não tenham uma política federal sobre o uso de sacolas plásticas, cerca de um terço da população já vive em áreas com alguma forma de regulação. A coautora do estudo, Anna Papp, destacou que essa é a primeira análise em grande escala baseada em centenas de políticas e dezenas de milhares de limpezas, e que os dados reforçam a efetividade geral das medidas na mitigação da poluição costeira.