O Papa Leão XIV assumiu um compromisso firme de continuar e ampliar a defesa ambiental iniciada pelo Papa Francisco. Desde sua primeira homilia, destacou a conexão entre justiça social e cuidado ecológico, ressaltando que o ódio, a violência e sistemas econômicos exploradores prejudicam tanto as pessoas quanto o planeta. Ele apelou por uma unidade que respeite as diferenças culturais e pessoais enquanto enfrenta os desafios ambientais urgentes.

Baseando-se na encíclica Laudato Si de 2015, o Papa reforça que cuidar da Terra e dos pobres é inseparável. Critica o crescimento tecnológico e econômico desenfreado que prioriza o lucro em detrimento da saúde do planeta e da igualdade social, pedindo que a inovação seja guiada pela justiça e pelo bem comum. Sua posição está alinhada tanto com os ensinamentos católicos quanto com as demandas globais por regulação climática e responsabilidade corporativa.
Ele já passou das palavras para a ação, declarando emergência climática global e incentivando empresas de combustíveis fósseis a investirem em energia limpa. O Vaticano, sob seu comando, tem ampliado o uso de energia solar, incorporado veículos elétricos — inclusive o primeiro Papamóvel totalmente elétrico — e reafirmado o compromisso com a neutralidade de carbono. Para ele, simbolismos não bastam; é necessário assumir responsabilidade a partir das próprias escolhas.

Diferente de uma visão de domínio sobre a natureza, o Papa defende uma relação de “reciprocidade” com o meio ambiente. Ele reforça que o papel do ser humano como mordomo da criação é um dever sagrado que exige proteção ativa e moral da natureza, não exploração. Essa postura reforça a responsabilidade ética de liderar ações climáticas fundamentadas na fé e na justiça.
A agenda do Papa está alinhada ao movimento global pela justiça ambiental, que une proteção ambiental e combate à pobreza.