Um nome que dispensa apresentações é Bob Dylan.
Em 13 de outubro de 2016 foi anunciado que o músico fora premiado com o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 “por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana”. É o primeiro cantor e compositor a receber o prêmio de literatura desde sua criação em 1901.
Dylan esteve à margem da consideração do Prêmio Nobel por algum tempo. Argumentos sobre se Dylan, como compositor e letrista, pode até ser considerado um poeta, surgiram no passado e, sem dúvida, continuarão. As canções de Dylan da década de 1960 tendiam mais aos direitos civis e aos protestos contra a guerra do que às preocupações ambientais, mas foram prontamente adotadas como hinos de protesto convincentes.
Em “A Hard Rain’s A-Gonna Fall”, a icônica canção de protesto em que ele alertou para uma iminente apocalipse, é um exemplo. Em 2009, antes de uma conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas começar na Dinamarca, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou uma rara gravação ao vivo de Dylan tocando seu poema-canção com fotografias dramáticas de calotas polares encolhidas, paisagens áridas e vidas devastadas.
A canção foi composta no verão de 1962 e gravada no final daquele ano para seu segundo álbum, The Freewheelin’ Bob Dylan (1963). Sua estrutura lírica é modelada após a forma de perguntas e respostas de baladas tradicionais como “Lord Randall”.
A música é caracterizada por imagens simbolistas no estilo de Arthur Rimbaud, comunicando sofrimento, poluição e guerra. Dylan disse que todas as letras foram tiradas das linhas iniciais de músicas que “ele achava que nunca teria tempo para escrever”. Em seu livro de memórias, Chronicles: Volume One, ele atribuiu sua inspiração ao sentimento que teve ao ler jornais de microfichas na Biblioteca Pública de Nova York.
