O mês de junho de 2024 foi o 13º mês consecutivo com recordes de temperatura, segundo o Serviço Climático Europeu Copernicus. A temperatura global se aproxima da marca de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, causando impactos significativos, como o aumento do nível do mar, o branqueamento dos corais e a intensificação de eventos climáticos extremos. O Acordo de Paris, criado em 2015, busca limitar o aquecimento a 1,5ºC, mas ações globais urgentes são necessárias para evitar consequências catastróficas.
O Brasil apresentou suas metas para o Acordo de Paris em 2016, propondo reduzir suas emissões de carbono em 37% até 2025 e 43% até 2030, comparado aos níveis de 2005. No entanto, muitos países não estão atingindo suas metas, e as temperaturas globais continuam a subir devido ao aumento dos gases de efeito estufa. Países desenvolvidos precisam investir US$ 100 bilhões por ano em medidas contra a mudança climática para atingir os objetivos do acordo.
O “relógio do clima”, criado por Gan Golan e Andrew Boyd, é um cronômetro que alerta sobre o tempo restante para limitar o aquecimento a 1,5ºC. O relógio foi instalado em várias cidades do mundo e serve como um lembrete visual da urgência das ações climáticas. Em julho de 2024, o relógio projetado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, indicou menos de cinco anos restantes para agir antes que as consequências se tornem inevitáveis.
A importância de limitar o aquecimento a 1,5ºC reside nos riscos crescentes de eventos climáticos extremos e impactos irreversíveis, como o colapso de sistemas oceânicos e a extinção de espécies. Pequenas variações de temperatura já intensificam eventos como secas e inundações, conforme relatórios do IPCC. Superar esse limite poderia desencadear pontos de inflexão climática, com efeitos devastadores para a humanidade e a natureza.