Uma equipe de pesquisa liderada por Rumi Chunara, professora da Universidade de Nova York, desenvolveu um novo sistema de inteligência artificial (IA) que usa imagens de satélite para mapear áreas verdes urbanas com mais precisão. Isso é essencial para manter cidades mais saudáveis, ajudando no planejamento urbano e na redução das desigualdades ambientais.
Os pesquisadores testaram a tecnologia em Karachi, no Paquistão, uma cidade com áreas muito diferentes entre si. O estudo mostrou uma grande desigualdade: enquanto alguns bairros têm muitas árvores, outros quase não possuem vegetação, o que pode piorar o calor e a poluição. A IA desenvolvida identificou as áreas verdes com 89,4% de precisão, superando métodos tradicionais que só atingiam 63,3%.
A pesquisa também revelou que Karachi tem apenas 4,17 metros quadrados de espaço verde por pessoa, bem abaixo do mínimo de 9 metros quadrados recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em algumas regiões mais ricas, há mais árvores e grama, enquanto bairros mais pobres quase não têm áreas verdes, o que aumenta as temperaturas e piora a qualidade de vida.
A tecnologia criada melhora a detecção de vegetação ao analisar imagens de satélite de alta resolução e usar um método chamado “aumento verde”, que ensina a IA a reconhecer árvores e grama em diferentes condições de iluminação e estações do ano. Esse avanço pode ajudar planejadores urbanos a mapear e criar mais espaços verdes em regiões que mais precisam.
Os pesquisadores divulgaram sua metodologia para que outras cidades possam usar a tecnologia, embora seja necessário treinar o sistema com imagens locais. O estudo destaca a importância do planejamento urbano para combater desigualdades e melhorar o bem-estar nas cidades, mostrando que espaços verdes são essenciais para um ambiente mais saudável e equilibrado.
