Um novo relatório da campanha global Bee:wild alerta para 12 ameaças emergentes que colocam em risco abelhas e outros polinizadores na próxima década. Entre elas, estão zonas de guerra, microplásticos, poluição luminosa e o uso crescente de pesticidas. Esses fatores podem acelerar a perda desses animais essenciais para a polinização e a produção de alimentos.

Os polinizadores são fundamentais para a biodiversidade e para a segurança alimentar, já que quase 90% das plantas com flores e a maior parte das culturas agrícolas dependem deles. Porém, a destruição de habitats, as mudanças climáticas e espécies invasoras já causaram declínios severos, incluindo a extinção de algumas espécies de abelhas.
O relatório destaca que, além das ameaças já conhecidas, novas pressões vêm aumentando, como a contaminação por microplásticos em colmeias, luz artificial noturna que reduz a atividade dos polinizadores noturnos, e a poluição do ar que compromete sua sobrevivência. A combinação de diferentes pesticidas e o aumento dos incêndios florestais também agravam o problema.

Para combater esses desafios, o documento sugere ações como fortalecer leis contra a poluição por antibióticos, incentivar o uso de veículos elétricos, desenvolver cultivos com melhor qualidade nutricional para polinizadores, criar habitats floridos em parques solares e usar novas tecnologias para proteger insetos benéficos. Também reforça a importância de políticas públicas e ações individuais para preservar e restaurar ambientes favoráveis.
A campanha Bee:wild reforça que proteger os polinizadores é proteger a nós mesmos, já que sua sobrevivência está ligada à alimentação, ao equilíbrio ambiental e à economia. A colaboração entre governos, cientistas e sociedade é essencial para frear o declínio e garantir um futuro sustentável para todas as espécies.