Os três países estabeleceram um novo padrão global de comércio sustentável ao liderarem o Hinrich-IMD Sustainable Trade Index 2025. O cenário atual é marcado por um protecionismo crescente e pela necessidade de equilibrar três tensões estratégicas: eficiência versus autonomia, lucro imediato versus coesão social e ação climática versus soberania nacional. A classificação anual avalia 30 economias globais quanto à capacidade de conciliar abertura econômica, progresso social e responsabilidade ambiental.
Esses três países destacam-se não apenas por políticas comerciais liberais, mas por modelos de governança sólidos, sistemas educacionais de excelência e altos padrões ambientais. O Reino Unido, por exemplo, reduziu sua dependência de exportações de recursos naturais e suas emissões per capita, enquanto a Nova Zelândia aposta na liberalização e na baixa tarifação para promover o crescimento. Já a Austrália se sobressai por seu capital humano e pela confiança pública em seu sistema de comércio.
O relatório aponta que o ambiente comercial mundial está cada vez mais instável, com políticas imprevisíveis nos Estados Unidos e uma mudança estratégica na China rumo a menor dependência das exportações. A União Europeia aposta em mecanismos de carbono e subsídios verdes, enquanto a Índia busca autonomia seletiva. Tais transformações não são passageiras, mas sim sinais de um novo paradigma de incerteza persistente.
Outra tendência preocupante é o afastamento das práticas internacionais compartilhadas e o aumento do que os autores chamam de “protecionismo verde”, políticas ambientais rígidas utilizadas para proteger mercados internos. Economias desenvolvidas tendem a adotar regulações obrigatórias, enquanto países emergentes ainda enfrentam barreiras estruturais e institucionais para implementar normas semelhantes.
