O economista-chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) destacou a necessidade de intensificar os esforços no setor de petróleo, gás e combustíveis alternativos para produzir combustíveis de aviação mais ecológicos. A aviação, responsável por 2-3% das emissões globais de carbono, enfrenta desafios na descarbonização em comparação com outros meios de transporte. O combustível de aviação sustentável é considerado a solução-chave, podendo reduzir as emissões em até 80%, embora represente apenas 0,2% do consumo global de combustível de jato, com custos de três a cinco vezes superiores aos do combustível tradicional.
A produção atual de combustível de aviação sustentável está significativamente abaixo das expectativas da indústria, sendo apenas 0,2% do uso global de combustível de jato. A economista-chefe da IATA enfatizou a necessidade de mudanças, destacando que apenas 3% dos orçamentos de capital de petróleo e gás são investidos na produção desse combustível. Prevê-se que até 2050 sejam necessárias 500 milhões de toneladas métricas de combustível sustentável para atender às metas ambientais.
Apesar dos esforços das companhias aéreas em firmar acordos com produtores de combustíveis sustentáveis, há preocupações sobre a falta de certeza na produção, com alguns alertando sobre possíveis problemas de excesso de oferta nos próximos anos.
Algumas empresas, como a Neste, expressaram a possibilidade de terem capacidade de produção excessiva até 2028, destacando a necessidade de certeza sobre a demanda a longo prazo para justificar investimentos futuros. A IATA rebateu essas preocupações, afirmando que cada gota de combustível sustentável produzida tem sido e continuará sendo utilizada.