A neoindustrialização no Brasil está diante de desafios e oportunidades, conforme revela um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com a transição do setor industrial para uma economia de baixo carbono, estima-se que serão necessários cerca de R$40 bilhões até 2050 para descarbonizar a indústria brasileira.
Para prosperar nesta nova economia, o investimento em tecnologia e inovação torna-se crucial, especialmente em setores desafiadores de descarbonização. A siderurgia, responsável por 8% das emissões globais, é um exemplo destacado. Nesse cenário, a mineração desempenha um papel fundamental na descarbonização global.
A Vale, líder na indústria de mineração, está na vanguarda desse movimento. Em meados de dezembro, a empresa inaugurou a primeira usina de briquete do mundo na Unidade Tubarão, em Vitória, Espírito Santo. Esse aglomerado de minério de ferro de alta qualidade reduz em até 10% as emissões de carbono na produção do aço.
A Vale planeja expandir sua iniciativa, adicionando uma nova planta em Tubarão até 2024. Juntas, as duas unidades visam produzir cerca de 2,5 milhões de toneladas, com uma projeção de crescimento gradual até atingir 6 milhões anualmente. O investimento de R$1,2 bilhão gerou 2.300 empregos no pico das obras.
O briquete elimina a necessidade de sinterização, uma etapa intensiva em energia na produção do aço. Além disso, reduz emissões de particulados e gases como dióxido de enxofre (SOX) e óxido de nitrogênio (NOX), dispensando o uso de água em sua produção.
Com mais de 30 empresas interessadas em receber carregamentos no próximo ano, a demanda está garantida por mais de um ano. Os briquetes fazem parte da estratégia global da Vale para reduzir em 15% as emissões de toda a cadeia de valor até 2035.