O país tem se destacado como um pioneiro na implementação de práticas agrícolas sustentáveis. Em um debate recente sobre o uso do Lithothamnium (WBL), foi evidenciado um ponto crucial na discussão sobre a utilização de granulados bioclásticos marinhos na agricultura, uma alternativa promissora para os desafios contemporâneos de sustentabilidade e eficiência.
De acordo com a definição da Agência Nacional de Mineração (ANM), granulados bioclásticos abrangem uma variedade de materiais orgânicos marinhos, como fragmentos de algas, moluscos e foraminíferos, que se mostram como uma importante alternativa aos fertilizantes tradicionais.
Esses recursos, ainda subutilizados, emergem como uma solução oportuna em meio à crise global de fornecimento de fertilizantes. Um workshop realizado em meados de 2022 destacou a aplicabilidade agrícola do lithothamnium e explorou os desafios regulatórios, ambientais e de produção. A participação de especialistas de instituições como a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Embrapa e outras entidades acadêmicas e governamentais ressaltou a importância de um diálogo aberto e colaborativo para promover esses recursos.
Segundo Silvio Tavares, da Embrapa Solos, o Brasil possui a maior reserva desses materiais bioclásticos no mundo, apresentando uma oportunidade única para liderar práticas agrícolas sustentáveis. A exploração desses recursos não se limita ao setor agrícola; sua aplicação se estende a suplementos para ração animal, tratamento de água e até em campos como a farmacologia.
O lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes pelo governo federal destaca a importância estratégica desses recursos. O plano vê os bioclásticos marinhos como um aliado para cumprir seus objetivos de sustentabilidade e competitividade no agronegócio mundial.