O país está prestes a fazer história com o lançamento do “LignoSat”, o primeiro satélite construído de madeira. Essa missão pioneira pode revolucionar os materiais utilizados na indústria espacial, oferecendo uma alternativa mais ecológica e sustentável.
O projeto “LignoSat” é uma colaboração entre a empresa japonesa Sumitomo Forestry e pesquisadores da Universidade de Tóquio. Eles escolheram a madeira como uma solução biodegradável e menos prejudicial ao meio ambiente, comparada aos materiais tradicionais como metal e plástico. O lançamento será realizado pela SpaceX, marcando um avanço significativo em práticas sustentáveis no espaço.
A madeira escolhida para o “LignoSat” oferece a vantagem de ser completamente biodegradável. Diferente dos satélites convencionais que, ao queimarem na atmosfera, liberam partículas nocivas, o satélite de madeira pode se decompor sem deixar resíduos prejudiciais. Isso representa um grande passo na redução da poluição espacial e do impacto ambiental.
Testes realizados em estações espaciais indicam que a madeira de magnólia, utilizada no projeto, possui resistência notável a variações extremas de temperatura, de -120°C na sombra a +150°C sob o sol direto. Além disso, a madeira não bloqueia ondas eletromagnéticas, facilitando a comunicação e permitindo um design mais simples e eficiente para o satélite.
Com o lançamento previsto para setembro, o “LignoSat” inaugura uma nova era na exploração espacial, guiada pelos princípios da sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Com cerca de 990 satélites a serem lançados anualmente na próxima década, a transição para materiais como a madeira promete transformar a indústria aeroespacial e impulsionar inovações em outras áreas tecnológicas e científicas.
