Desde junho de 2024 o Papa Francisco expressou seu desejo de que a Cidade do Vaticano funcione com energia solar. Para isso, painéis solares serão instalados em uma propriedade do Vaticano fora de Roma, capaz de suprir toda a demanda energética do local. Em uma carta apostólica intitulada “Irmão Sol”, emitida “motu proprio”, destacou a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável que reduza as emissões de gases de efeito estufa, visando a neutralidade climática.
A instalação dos painéis solares ocorrerá em uma propriedade localizada a cerca de 18 quilômetros de Roma, na área de Santa Maria di Galeria, atualmente utilizada pela Rádio Vaticano. O projeto combinará a produção de eletricidade renovável com as necessidades da terra agrícola subjacente. O Papa Francisco designou dois comissários especiais com autoridade total para gerenciar a construção e implementação do sistema.
O papa tem um compromisso de longa data com questões ambientais e destacou que a humanidade possui os meios tecnológicos para enfrentar a transformação ambiental. Ele enfatizou o papel fundamental da energia solar na mitigação das consequências éticas, sociais, econômicas e políticas das mudanças climáticas. Essa postura foi reafirmada desde 2015, quando o Papa anunciou seu compromisso em renovar o diálogo sobre o futuro do planeta.
Em julho de 2022, o Vaticano formalizou seu compromisso com o meio ambiente ao se juntar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, um acordo global para enfrentar a “interferência humana perigosa no sistema climático”. Esta iniciativa reflete o forte consenso científico sobre o aquecimento do sistema climático, o aumento do nível do mar e eventos climáticos extremos, questões já abordadas pelo Papa Francisco na encíclica Laudato Si’, publicada em maio de 2015.
