A demanda global por frutos do mar deve mais que dobrar até 2050 devido ao crescimento populacional, à evolução do comércio e ao aumento da acessibilidade de proteínas. Para atender a essa demanda sem esgotar os estoques de peixes e prejudicar ecossistemas marinhos, a solução passa por uma abordagem híbrida, que inclui pesca, aquicultura e alternativas plant-based e cultivadas em laboratório.
O investimento em startups de tecnologia alimentar aquática foi de apenas US$ 150 milhões no primeiro semestre de 2024, uma queda de 40% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse declínio ocorre em meio a um mercado de capital de risco mais conservador para o setor agrifoodtech. Embora o cenário pareça menos otimista em 2024, o desempenho resultou no setor arrecadando US$ 1 bilhão em 2022, 136% a mais do que em 2020.
A tecnologia alimentar aquática engloba várias inovações que impactam a produção de alimentos de origem aquática e suas alternativas, como o cultivo de peixes e algas e a criação de frutos do mar plant-based. Startups de sistemas de cultivo inovadores, como fazendas de alta tecnologia e aquaponia em água salgada, capturam grande parte dos investimentos, com US$ 1,3 bilhão arrecadado na última década. Outras categorias, como robótica para aquicultura e soluções biotecnológicas, também recebem financiamento considerável.
Essa “transformação azul” no setor alimentício inclui uma vasta gama de tecnologias que visam aumentar a produção de alimentos aquáticos, especialmente na aquicultura, que pela primeira vez superou a pesca tradicional em 2022. O Relatório SOFIA de 2024 aponta que a produção global de aquicultura chegou a 130,9 milhões de toneladas em 2022, marcando uma mudança significativa na maneira como os recursos marinhos são explorados para consumo.