A chamada capital dos esportes radicais, na Nova Zelândia, está determinada a se tornar o primeiro destino turístico do mundo com uma economia de visitantes totalmente carbono zero até 2030. A cidade, famosa pelo turismo de aventura e pelo uso intensivo de combustíveis fósseis, está investindo em alternativas sustentáveis, como barcos a jato e ferries elétricos, teleféricos movidos a energia limpa e até aviões elétricos da Air New Zealand. A meta de carbono zero é mais ambiciosa do que carbono neutro, pois exige que nenhuma emissão seja gerada, e não apenas compensada.

A transformação começou em 2021, quando organizações de turismo locais propuseram o plano, recebendo apoio da comunidade. Hoje, empresas como Waste to Wilderness compostam toneladas de resíduos alimentares para criar solo nutritivo, enquanto o Headwaters Eco Lodge, feito com materiais reciclados e abastecido por energia solar, se tornou referência global em sustentabilidade. Já o Sherwood Queenstown utiliza energia solar e cultiva mais de 40% dos alimentos consumidos em seu restaurante.
Iniciativas inovadoras estão surgindo por toda a região. O Shotover Jet está desenvolvendo o primeiro barco a jato elétrico, capaz de igualar o desempenho dos modelos a combustível. Além disso, Queenstown já possui 130 km de trilhas para bicicleta, que estão se tornando um atrativo tão importante quanto o turismo de esqui, reduzindo ainda mais a dependência de atividades poluentes.

Os esforços incluem novos transportes, como ferries elétricos hidrofoil que reduzirão significativamente as emissões de carbono, além de veículos elétricos para passeios turísticos. Empresas como Nomad Safaris e Appellation Wine Tours já adotaram carros elétricos em suas frotas, mostrando que o ecoturismo pode ser viável e inovador. Essas mudanças visam acomodar o crescente número de turistas, que já ultrapassam 400 mil visitantes internacionais por ano.