Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, desenvolveram uma máquina de tricô 3D capaz de criar objetos sólidos em 3D ao tricotar fios camada por camada. Essa máquina funciona de maneira similar a impressoras 3D, utilizando uma abordagem de sobreposição de materiais para formar formas tridimensionais. A grande inovação aqui é o uso de agulhas com ganchos e travas para manipular o fio, além de um software que traduz modelos 3D em padrões de tricô, algo que a torna única e altamente versátil.
Ao contrário do tricô tradicional, que costuma gerar formas ocas, a máquina de tricô 3D consegue criar estruturas densas e firmes. Isso resulta em objetos mais sólidos e resistentes, que, no entanto, podem ser facilmente desfeitos e retricotados em novas formas. Esse processo traz uma grande vantagem: ao permitir a transformação constante dos objetos, a máquina contribui para a redução do consumo de energia envolvido no processo de reciclagem tradicional, uma vez que objetos podem ser reconfigurados sem a necessidade de novos recursos materiais.
A escolha do material usado na máquina também é fundamental para o tipo de produto final. Embora o dispositivo seja capaz de utilizar diversos tipos de fios, ele frequentemente usa cordões elásticos ou fios, que possibilitam a criação de objetos tanto macios quanto firmes. A flexibilidade e a textura dos objetos finais dependem diretamente do tipo de material utilizado.
Atualmente, a máquina ainda é capaz de criar apenas formas simples, como blocos ou prismas, mas o potencial para expansão da tecnologia é imenso. O objetivo do projeto é escalar essa inovação para permitir que as pessoas possam tricotar e retricotar praticamente qualquer item doméstico, desde móveis até utensílios, trazendo uma nova perspectiva sobre a produção e consumo de produtos. Isso poderia impactar a sustentabilidade de uma maneira significativa.
