A produção brasileira de tomates deve atingir 4,7 milhões de toneladas em 2024, o que representa um crescimento de 19,2% em relação ao ano anterior, conforme dados do IBGE divulgados por Renato Brandão, mestre em agronomia. Esse aumento reforça a importância da tomaticultura no Brasil, tanto para o mercado interno quanto para a indústria e exportações.

Apesar do crescimento, os produtores enfrentam grandes desafios no controle de pragas e doenças que comprometem a qualidade e o rendimento da lavoura. Entre os principais vilões estão a traça-do-tomateiro, a mosca-branca e a requeima, que podem causar danos severos e perdas expressivas nas plantações.
A traça-do-tomateiro perfura os frutos, facilitando a entrada de fungos e bactérias, enquanto a mosca-branca transmite viroses prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Já a requeima, favorecida por climas úmidos, pode devastar lavouras inteiras em poucos dias, tornando o manejo preventivo essencial.
Diante desses desafios, o controle biológico tem ganhado destaque como alternativa sustentável. Produtos naturais como o Bacillus thuringiensis, Beauveria bassiana e Trichoderma spp. estão sendo utilizados com sucesso no combate às pragas e doenças, oferecendo uma solução eficiente que respeita o equilíbrio ambiental.

Além dos benefícios agronômicos, o uso de defensivos biológicos na tomaticultura tem impulsionado a geração de empregos especializados, especialmente em biotecnologia e manejo integrado de pragas. Empresas do setor têm investido em capacitação técnica e parcerias com universidades para desenvolver soluções adaptadas às condições climáticas e solo brasileiros, fortalecendo a cadeia produtiva do tomate com inovação e conhecimento científico. A incorporação dessas soluções biológicas marca um avanço importante rumo a uma tomaticultura mais sustentável.