Durante a quinta edição do US Sustainability Summit, promovido pela The Economist em Nova York, Alexandra Brand, vice-presidente executiva da Syngenta, destacou o papel fundamental da inteligência artificial no futuro da agricultura. Segundo ela, a IA será essencial para acelerar a adoção de práticas como a agricultura regenerativa, contribuindo para a sustentabilidade e a segurança alimentar nos Estados Unidos.
Brand explicou que os agricultores, ao inserirem dados de suas propriedades (como tipo de solo e culturas) em seus sistemas de gestão, recebem orientações reforçadas por dados de satélite, padrões climáticos e outras variáveis. Essa combinação permite gerar recomendações práticas e altamente precisas, evitando erros e retrabalho nas decisões agrícolas. Segundo a executiva, os algoritmos já estão maduros o suficiente para garantir previsões confiáveis e eficientes.
Quando questionada sobre a possível contradição entre o compromisso com a agricultura regenerativa e o modelo de negócios da Syngenta, Brand afirmou que não há conflito. Ela ressaltou que a empresa é voltada à inovação e que, inclusive, reformulou sua abordagem de pesquisa e desenvolvimento para incluir critérios regenerativos. A inteligência artificial tem sido integrada ao programa de manejo agrícola para apoiar diretamente essas práticas.
O evento contou com a participação de 432 executivos da área de sustentabilidade e teve como foco a elaboração de estratégias práticas para negócios resilientes e sustentáveis, sem comprometer a viabilidade financeira. O encontro reforçou o papel da tecnologia e da inovação como ferramentas-chave para enfrentar os desafios ambientais e climáticos atuais.
Harry Chapman, responsável pelos eventos de sustentabilidade da Economist Impact, destacou que o propósito da iniciativa é acelerar a transformação sustentável nas empresas.
