Desde 2018, a Fórmula 1 conseguiu reduzir em 26% suas emissões de carbono, mesmo com o aumento no número de corridas e na base de fãs, que ultrapassou os 826 milhões de pessoas. A categoria mantém o objetivo de alcançar a meta de emissões líquidas zero até 2030. O progresso é atribuído a diversas mudanças estratégicas, como a adoção de energia renovável, biocombustíveis e combustível sustentável para aviação (SAF), além de um calendário de corridas mais inteligente.

O relatório divulgado pela F1 mostra que, sem essas mudanças, as emissões teriam aumentado em 10% desde 2018. A pegada de carbono da categoria caiu de 228.793 para 168.720 toneladas de CO2 equivalente. A revisão dos dados de 2018, com base em fontes mais precisas, garante que a comparação seja confiável e reflita reduções reais, e não apenas ajustes contábeis.
As reduções mais significativas ocorreram nas fábricas e escritórios, com 59% a menos de emissões, seguidas pelas viagens (queda de 25%) e logística (9%). As corridas em si tiveram uma redução média de 12% por evento, mesmo com o aumento no número total de GPs. A mudança para energia limpa em autódromos e a contribuição dos fornecedores foram fundamentais.
Outras ações incluem parcerias com DHL e Qatar Airways para uso de SAF, transmissões feitas remotamente, contêineres mais leves e o uso de aviões mais eficientes como o Boeing 777. A infraestrutura dos autódromos também está sendo repensada: cerca de 80% dos promotores de corrida já usam energia solar, tarifas verdes ou biocombustíveis.

A transição para combustíveis sustentáveis também avança: todas as categorias de base devem adotá-los até 2025, com a Fórmula 1 prevista para 2026, junto à nova geração de motores híbridos. Esses combustíveis são compatíveis com carros de rua, podendo influenciar o mercado automotivo global.