O Cerrado brasileiro é o segundo maior bioma da América do Sul e ocupa cerca de 24% do território nacional, abrangendo principalmente os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo. Conhecido como a “caixa d’água do Brasil”, ele é responsável por alimentar importantes bacias hidrográficas, como as dos rios São Francisco, Tocantins-Araguaia e Paraná. Apesar de sua relevância ecológica e de abrigar uma biodiversidade riquíssima, o Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do país, sofrendo com o avanço do desmatamento.


Nos últimos anos, diversas ações têm sido implementadas na região para promover a sustentabilidade e o ambientalismo. Entre elas, destacam-se os projetos de recuperação de áreas degradadas, que envolvem o plantio de espécies nativas do Cerrado e a proteção de nascentes. Instituições de pesquisa, ONGs e comunidades locais têm se unido para desenvolver técnicas de manejo sustentável do solo e da água.

A valorização dos saberes tradicionais também é parte importante dessas iniciativas. Povos indígenas e comunidades quilombolas do Cerrado participam ativamente de programas que incentivam a coleta e o uso sustentável de frutos e plantas nativas, como o baru, o pequi e o buriti. Esses produtos, além de possuírem alto valor nutritivo, têm potencial para gerar renda de forma ambientalmente responsável.


A educação ambiental é outra frente de trabalho relevante na região. Escolas rurais e urbanas recebem projetos que incentivam o conhecimento sobre o Cerrado e sua biodiversidade, despertando o interesse de crianças e jovens pela conservação. Campanhas comunitárias, festivais culturais e trilhas ecológicas têm ajudado a aproximar a população das riquezas naturais do bioma, reforçando a ideia de que preservação e desenvolvimento podem caminhar juntos.