Pesquisadores da Northwestern University, no estado norte-americano do Illinois, desenvolveram um novo catalisador à base de níquel que promete transformar a reciclagem de plásticos descartáveis em um processo muito mais simples e eficiente. Diferentemente das técnicas atuais, que exigem a triagem detalhada dos plásticos, este método pode processar grandes volumes de resíduos de poliolefinas (como polietileno e polipropileno) mesmo quando misturados, quase dois terços do consumo global e incluem itens de uso diário.

O catalisador converte plásticos de baixo valor em óleos e ceras líquidos, que podem ser reaproveitados em produtos de maior valor, como combustíveis, lubrificantes e velas. Além disso, ele suporta contaminações por PVC, um tipo de plástico tóxico que normalmente torna o material “não reciclável”. Essa resistência e capacidade de regeneração múltipla tornam o processo mais econômico.
A grande dificuldade na reciclagem de poliolefinas reside na força de suas ligações carbono-carbono, que tornam esses materiais quimicamente inertes. Os métodos atuais envolvem fragmentação e fusão dos plásticos ou aquecimento extremo a temperaturas entre 400 e 700 ºC, processos que são energicamente caros e pouco eficientes. O novo catalisador oferece uma alternativa elegante, utilizando uma técnica chamada hidrogenólise, que quebra as ligações de carbono de maneira seletiva.

O diferencial é seu design de sítio único, que age de forma precisa e controlada sobre os plásticos, permitindo a separação química de poliolefinas ramificadas e lineares. Isso resulta em menor quantidade de catalisador necessário e pressões mais baixas, com uma atividade significativamente superior em comparação a outros catalisadores à base de níquel. Essa abordagem também evita a necessidade de metais nobres, que são escassos e caros, tornando o processo mais viável em escala industrial. #sustentabilidade #qualidadedevida #ecologia #radiogreenfm #sustentabilidadecriativa #sustentabilidadeambiental