Hong Kong está se consolidando como um centro de finanças verdes, com emissões de dívida sustentável que atingiram US$34 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano e mais de 200 fundos ESG aprovados, segundo dados divulgados durante o Hong Kong Green Finance Association Annual Forum. A cidade busca ampliar sua taxonomia de finanças sustentáveis para incluir projetos de transição, ajudando empresas a migrar de operações de alto carbono para práticas mais limpas e eficientes.
A China planeja investir cerca de US$820 bilhões em transição energética neste ano, representando quase 40% do total global, enquanto a região Ásia-Pacífico ultrapassou US$1 trilhão em investimentos de transição no último ano. Esse cenário reflete um apetite crescente por produtos financeiros inovadores voltados para o clima. Em Hong Kong, os ativos sob gestão dos fundos ESG aumentaram 18%, ultrapassando HK$1,1 trilhão (US$141 bilhões), com os green bonds respondendo por cerca de 45% do total da região.
No âmbito regulatório, a Autoridade Monetária de Hong Kong lançou uma consulta pública para expandir a taxonomia de finanças sustentáveis, incluindo setores como manufatura e tecnologia da informação, novas atividades econômicas e objetivos ambientais adicionais, como adaptação climática. O alinhamento com padrões internacionais e com estruturas da China continental e da União Europeia é visto como essencial para ampliar os fluxos de capital.
O setor de tecnologia verde local cresce rapidamente, com mais de 250 empresas em incubadoras locais desenvolvendo soluções de redes inteligentes e captura de carbono, muitas expandindo para a China continental e outros mercados internacionais. O governo busca atrair empresas estrangeiras para integrar universidades, cadeias de suprimento e mercados da região da Grande Baía e além.
