Os olhos do mundo estão voltados para Ottawa, onde países estão reunidos para discutir o que poderia ser o primeiro tratado global sobre plásticos. No entanto, as negociações não são apenas uma formalidade; são um campo de batalha onde diferentes interesses se confrontam e onde o futuro do nosso planeta está em jogo.
A urgência é palpável. Com as emissões de gases de efeito estufa em alta, o impacto ambiental do plástico é cada vez mais evidente. Estima-se que a produção de plásticos seja responsável por cerca de 5% das emissões globais, um número que pode subir para alarmantes 20% até 2050, se nada for feito para contê-lo.
Os desafios são enormes. Enquanto alguns países pressionam por limites de produção e medidas para abordar todo o ciclo de vida dos plásticos, outros resistem, temendo as consequências para suas indústrias e economias.
No centro das discussões está a necessidade de um tratado que não apenas aborde o descarte de plásticos, mas também a produção e o uso excessivos. Isso poderia significar estabelecer metas ambiciosas, eliminar plásticos de uso único desnecessários e exigir transparência sobre os produtos químicos utilizados na fabricação de plásticos.
A pressão sobre os negociadores é grande. Manifestações de ativistas ecoam do lado de fora do local das negociações, enquanto dentro, representantes de diferentes países tentam encontrar um terreno comum em meio a divisões profundas.
Mais de 60 países estão unidos na chamada Coalizão de Alta Ambição, pedindo um tratado forte que leve a sério a questão dos plásticos. Enquanto isso, cientistas e grupos ambientais destacam a urgência da situação. Mais produção de plástico significa mais poluição por plástico, e limites de produção são essenciais para enfrentar o problema.