À medida que a conscientização sobre os danos causados pelos “produtos químicos eternos” aumenta, a busca por soluções eficazes também cresce. Recentemente, cientistas da UC Riverside e da Clarkson University deram um passo importante nessa direção, apresentando um novo método para limpar a poluição causada por esses compostos persistentes.
O problema reside em compostos conhecidos como PFAS, ou substâncias poli e perfluoroalquil. Eles são encontrados em produtos comuns, mas sua presença em espumas supressoras de incêndio tem sido especialmente preocupante. Essas espumas, usadas em bases militares e aeroportos comerciais há décadas, contêm centenas desses produtos químicos nocivos, que contaminam a água subterrânea.
A solução proposta pelos pesquisadores combina luz ultravioleta, sulfito e oxidação eletroquímica. Esse método, detalhado no jornal Nature Water, mostrou resultados promissores na destruição quase completa de PFAS em amostras de água contaminada pelas espumas. O destaque desse método é sua capacidade de funcionar à temperatura ambiente, sem a necessidade de calor adicional ou alta pressão.
Essa descoberta é crucial, considerando a urgência em lidar com a poluição por PFAS. Recentemente, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA impôs novas regras para reduzir a contaminação da água, exigindo que as empresas de água ajam quando os níveis de certos compostos PFAS excedem 4 partes por trilhão.
Além de ajudar a limpar a água contaminada usada para combater incêndios e equipamentos relacionados, esse método também pode ser aplicado na regeneração de resinas usadas no tratamento de águas subterrâneas. Isso representa um passo importante em direção à gestão sustentável dos recursos.
Com os desafios crescentes relacionados à poluição por PFAS, é essencial continuar investindo em pesquisas e soluções inovadoras como essa.