Pesquisas recentes revelam que dezenas de milhares de toneladas de migalhas de borracha e grama artificial de campos de futebol acabam nos oceanos, destacando uma preocupação ambiental crescente. Desde a instalação pioneira do Queens Park Rangers de um campo sintético em 1981, as vantagens e desvantagens dessas superfícies têm sido debatidas. Enquanto os campos sintéticos oferecem durabilidade e consistência, eles também apresentam problemas como o descarte de migalhas de borracha, que podem poluir o meio ambiente marinho.
A evolução para campos híbridos, combinando um tapete sintético com crescimento de grama real, tem sido uma resposta para mitigar alguns dos problemas dos campos puramente sintéticos. Estes campos proporcionam uma experiência mais próxima da grama natural, mantendo a durabilidade e facilitando a recuperação rápida, sendo ideais não apenas para o futebol, mas também para eventos culturais.
Recentemente, alternativas orgânicas, como grânulos de cortiça e casca de coco, têm sido exploradas como substitutos sustentáveis para as migalhas de borracha. Estes materiais não só oferecem uma opção mais ecológica, reduzindo o risco de microplásticos no ambiente aquático, mas também proporcionam benefícios climáticos significativos, como a capacidade de captura de carbono dos sobreiros.
Regulamentações na União Europeia estão impulsionando a transição para materiais de preenchimento de campos sintéticos que não incluem microplásticos intencionalmente adicionados, como as migalhas de borracha. Essas medidas visam não apenas melhorar a sustentabilidade dos campos, mas também promover práticas mais responsáveis na indústria esportiva.
À medida que o debate entre grama natural, sintética e híbrida continua, o foco está em encontrar soluções que equilibrem desempenho esportivo, durabilidade e impacto ambiental.
