Pesquisadores do Laboratório Nacional de Energias Renováveis (NREL) dos EUA estão desenvolvendo uma resina bio-derivável para lâminas eólicas que pode ser reciclada quimicamente, permitindo a reutilização de seus componentes e eliminando a necessidade de enviar lâminas antigas para aterros. Esta inovação foi detalhada em um artigo na revista *Science*, onde a nova resina, produzida a partir de recursos bio-deriváveis, mostrou desempenho equivalente e até superior ao das resinas termofixas e certas resinas termoplásticas recicláveis atualmente em uso.
Os pesquisadores construíram um protótipo de lâmina eólica de 9 metros para demonstrar a viabilidade da resina PECAN, que significa PolyEster Covalently Adaptable Network. A fabricação da lâmina utilizando esta resina se alinha com os métodos atuais e oferece uma solução para a reciclagem das lâminas após cerca de 20 anos de uso, utilizando processos químicos suaves para a recuperação dos materiais.
O processo de reciclagem química da resina PECAN permite que as lâminas sejam desmontadas e reutilizadas repetidamente, desafiando a noção de que materiais recicláveis têm desempenho inferior. O protótipo foi completamente degradado em seis horas usando o processo químico, mostrando a eficácia da abordagem.
A pesquisa envolveu cinco centros de pesquisa do NREL e incluiu o Centro Nacional de Tecnologia Eólica e o Consórcio BOTTLE. Os pesquisadores demonstraram estratégias para a recuperação e reutilização de cada componente da lâmina PECAN, marcando um avanço significativo em direção a uma economia circular para materiais energéticos.
O projeto foi financiado conjuntamente pelo Departamento de Energia dos EUA e pelo Consórcio BOTTLE. Com novos financiamentos, os pesquisadores esperam construir lâminas maiores e explorar mais formulações bio-derivadas.
