Executivos de empresas de moda belgas viajaram a Gana para entender melhor os desafios do desperdício têxtil. Durante a visita, eles assinaram uma carta em prol de uma cadeia de moda mais justa. O evento foi destacado pelo Flanders DC, o centro de design e moda da Flandres, marcando um compromisso inédito em larga escala da indústria da moda belga.
A delegação incluía tanto pequenas quanto grandes empresas, como Bel&Bo, Claes Retail Group, e5 Fashion, Atelier Noterman, PLUTO, Torfs e Xandres. A assinatura da Carta para a Gestão Responsável da Cadeia de Suprimentos na Moda Belga representa um passo significativo em direção a maior transparência e rastreabilidade nas cadeias de suprimentos.
Além da transparência, os participantes discutiram a importância de melhorar as condições de trabalho e reduzir o impacto ambiental. A ideia é que cada empresa faça sua parte para enfrentar os problemas relacionados ao desperdício têxtil e às condições laborais precárias.
Ann Claes, CEO do Claes Retail Group, destacou a urgência da situação, afirmando que o que foi visto em Gana é inaceitável e que é necessário agir. Ela também enfatizou que, apesar das dificuldades, a união de esforços pode trazer mudanças significativas.
Gana, um dos principais destinos globais para roupas descartadas, recebe cerca de 15 milhões de peças semanalmente. Embora algumas roupas sejam revendidas no mercado de segunda mão em Kantamanto, uma parte significativa termina em aterros, no oceano ou é queimada, evidenciando a necessidade urgente de ação na indústria da moda.
Os CEOs belgas reconheceram os desafios que Gana enfrenta com o desperdício têxtil e esperam que suas ações inspirem a indústria da moda a adotar práticas mais sustentáveis. A assinatura da carta representa um primeiro passo em um movimento para promover a responsabilidade social e ambiental entre os fabricantes de moda.