Todos os anos, bilhões de escovas de dentes são descartadas, tornando-se um problema ambiental. A maioria das pessoas não pensa no impacto ambiental ao escolher suas escovas, mesmo com a recomendação de troca a cada três ou quatro meses. Recentemente, um estudo das universidades University College London e Trinity College Dublin comparou a sustentabilidade de diferentes tipos de escovas — manuais de plástico, manuais com cabeças substituíveis, de bambu e elétricas — usando uma análise do ciclo de vida para avaliar os impactos ambientais de cada modelo.
No estudo, as escovas manuais de plástico com cabeças substituíveis apresentaram o menor impacto ambiental, seguidas de perto pelas escovas de bambu. Embora o bambu seja visto como sustentável por ser uma planta de crescimento rápido, ele ocupa terras que poderiam ser usadas para biodiversidade ou reflorestamento, o que limita seu potencial ambiental. Por outro lado, o plástico utilizado nas escovas convencionais e elétricas representa um problema devido à sua origem em combustíveis fósseis e à persistência no meio ambiente.
Marcas de escovas sustentáveis tentam produzir seus itens respeitando ecossistemas e usando matérias-primas biodegradáveis. As escovas de bambu, embora apresentem uma decomposição natural ao serem descartadas, ainda não são perfeitas, pois os cabos feitos de HDPE (um plástico de baixo custo) não possuem valor de reciclagem. Especialistas defendem a necessidade de substituir o plástico por materiais que possam ser reutilizados e que incentivem a economia circular.
Para os consumidores, existem hoje opções mais sustentáveis no mercado, como escovas com cabos reutilizáveis e cabeças substituíveis. Novos materiais estão sendo desenvolvidos para escovas de dentes, como cabos de alumínio para escovas elétricas, que reduzem o impacto ambiental.
