A empresa divulgou seu primeiro relatório com informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, tornando-se pioneira no setor de mineração global e no Brasil a adotar os padrões do International Sustainability Standards Board (ISSB). A adoção ainda é voluntária no país, sendo exigida pela CVM apenas a partir de 2027. A publicação marca o alinhamento da empresa ao novo padrão global que visa à transparência sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.

Desde 2020, já investiu US$ 1,4 bilhão em iniciativas de descarbonização, sendo US$ 257 milhões aplicados somente em 2024. A mineradora estabeleceu metas ambiciosas: reduzir em 33% as emissões dos escopos 1 e 2 até 2030, tendo 2017 como ano-base, e atingir emissões líquidas zero até 2050. Também pretende cortar em 15% as emissões do escopo 3, que envolvem toda a cadeia de valor, até 2035.
O CEO Gustavo Pimenta destacou que o relatório reforça a prontidão da Vale para liderar uma mineração sustentável e contribuir com os esforços globais de descarbonização. Ele ressaltou ainda o compromisso da empresa com ações responsáveis e investimentos pragmáticos que consolidem uma estratégia climática sólida e transparente, voltada à criação de valor de longo prazo.

Entre as oportunidades estratégicas mapeadas pela Vale estão o aumento da demanda por produtos de minério de ferro que ajudam a reduzir as emissões da siderurgia e a crescente necessidade de metais como níquel e cobre, impulsionada pela transição energética. A empresa também destacou iniciativas como o desenvolvimento de briquetes de minério de ferro e a criação de Mega Hubs, complexos industriais voltados à produção de aço de baixo carbono. A mineradora também relatou como vem monitorando riscos climáticos, com avaliações contínuas dos impactos da transição para uma economia de baixo carbono e das mudanças físicas no clima.