A energia solar está prestes a dominar a expansão elétrica dos Estados Unidos em 2025, com previsão de 33 gigawatts (GW) em novas instalações fotovoltaicas, mais da metade da capacidade total planejada de 64 GW. Esse avanço marca a maior adição anual de energia solar na história do país, consolidando sua posição como principal tecnologia na transição energética americana. Nos primeiros seis meses de 2025, já foram instalados 12 GW, com outros 21 GW previstos até o final do ano, sinalizando um ritmo sem precedentes na transformação da matriz energética.
O total de 64 GW de novas capacidades supera o recorde de 2002, quando a expansão foi quase totalmente impulsionada por gás natural. Agora, o cenário é radicalmente diferente: as baterias de armazenamento representam 18,3 GW (29% do total), enquanto a energia eólica responde por 7,8 GW e o gás natural por apenas 4,7 GW. A combinação de solar e armazenamento evidencia a mudança estrutural rumo às fontes renováveis e às soluções de flexibilidade elétrica.
O Texas lidera essa revolução energética, responsável por 27% da nova capacidade solar instalada em 2025 e com planos de adicionar mais 9,7 GW até o fim do ano. O estado ultrapassou a Califórnia em 2024 como o maior gerador de energia solar em escala industrial e também encabeça a expansão do armazenamento em baterias, com 7 GW previstos. Essa dupla liderança mostra como o Texas está integrando geração e armazenamento de forma coordenada, ao lado de Arizona e Califórnia, que também se destacam no setor.
Ao mesmo tempo, o país segue aposentando fontes fósseis. Das 8,7 GW de capacidade elétrica que devem ser desativadas em 2025, 71% são de usinas a carvão e 19% a gás natural. No entanto, parte dessas aposentadorias tem sido adiada, refletindo preocupações com a confiabilidade da rede.
