O vocalista e principal compositor da banda britânica Radiohead iniciou sua carreira solo oficialmente com o lançamento do álbum The Eraser, em 10 de julho de 2006. Lançado pelo selo XL Recordings, o disco apresentou uma sonoridade mais eletrônica e minimalista em comparação ao trabalho feito com sua banda. Produzido por Nigel Godrich, parceiro frequente de Yorke, o álbum foi amplamente aclamado pela crítica, sendo indicado ao Mercury Prize e ao Grammy. O trabalho revela um artista inquieto e engajado com o mundo.

Desde o início de sua trajetória pública, Yorke demonstrou forte preocupação com questões ambientais e climáticas. Ele tem sido uma das vozes mais ativas no cenário musical a favor da sustentabilidade, apoiando organizações como Greenpeace e Friends of the Earth. Em 2003, liderou uma campanha contra o uso de energia nuclear no Reino Unido, unindo-se a movimentos antinucleares e pressionando o governo britânico por alternativas energéticas limpas.
Seu ativismo ambiental transcende o discurso: ele também aplica princípios ecológicos em suas ações profissionais. Durante turnês do Radiohead, por exemplo, exigiu que a logística do transporte de equipamentos e equipes priorizasse a redução de emissões de carbono. A banda passou a evitar voos desnecessários e incentivou o uso de transporte público por parte do público, inclusive oferecendo informações logísticas nos ingressos e sites oficiais. Ele também critica abertamente o consumo excessivo e os padrões destrutivos da indústria cultural.

Outra faceta importante de seu envolvimento com o ambientalismo foi sua participação em ações simbólicas de protesto. Em 2009, apareceu em um vídeo promovido pela The Age of Stupid, documentário sobre o colapso climático, pedindo ação imediata dos líderes globais. Em 2015, recusou-se a participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres por questões éticas e ambientais.